21/01/2015

A nicotina é a única coisa que me corre nas veias. Para além do sangue, é a que me faz sentido. Porque tu não (me) fazes sentido.

Foda-se

Faltam-te palavras. Faltam-nos letras. Falta-nos saber se o mal é o ar que respiramos ou o fumo do tabaco que sai dos pulmões. Fazes falta. Fazes mossa. Fazes. Mas não deixas fazer. E é por isso que sabes ser. Mesmo no silêncio de todas as ruas, desde o Chiado a Saint Michel. Não agradeço. Não é obrigação. Fica o silêncio, e chega.

19/01/2015

És Paris em toda a parte.

Restolho

Os dias teimam em não passar e és tu em todo o lado. Em toda a parte. É o teu nome em anagramas espalhados pela cidade. Mas enquanto hoje os semáforos passam do vermelho para o verde, amanhã será igual. O mesmo sufoco. O mesmo chão de vidro. A mesma certeza, de o que deixas em mim, fica espalhado em todo o lado. É que apesar do que fica não limpar o restolho do que ficou, há de chegar.

14/01/2015

Quero apagar-te de todas as ruas e lugares que te mostrei. Mas a tinta não chega e arder tudo parece-me muito complicado. Enquanto isso, vejo-te em toda a parte, em todas as caras e em todas as calçadas. E se ao menos tudo fosse igual a ti.